sexta-feira, 30 de julho de 2010
''Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente. Desculpa! Tudo que vivi, foi profundamente. Eu te ensinei quem sou, e você? Foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até aonde eu posso ir pra te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de eu inventar de novo. Desculpa.. se te olho, profundamente, rente a pele, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.. a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos. Eu não vou separar, as minhas vitórias dos meus fracassos. Eu não vou renunciar a mim, nenhuma parte, nenhum pedaço, do meu ser VIBRANTE ERRANTE SUJO LIVRE.. QUENTE. Eu quero estar viva e permanecer te olhando, profundamente.''
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Então me diga o que você quer estou sem tempo pra adivinhar. Então me explica como você quer porque eu não quero mais perguntar. Se tudo o que eu fiz não foi nada, se o que eu te disser não servir pra mudar saiba que não existe nada que eu não tenha feito por você. Já cansei de sair, já cansei de tentar mas eu não vou dizer "não" se você voltar. Me mostre agora o que você tem, mas saiba que eu não pretendo ir buscar. Então me diga quando você vem, ainda moro no mesmo lugar.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.
Sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis, inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis. Mas nunca consegui. Quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. Já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. Já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. E o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele. E se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele. E se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém
Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso na quinta série quando a moça que trabalhava na biblioteca do meu colégio me disse que estava se separando do marido dela. Meus pais estão juntos até hoje, mas a gente sabe bem como vão as coisas ali. A moça da biblioteca chorou. Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui, vai trazer algo congelado pra gente ver ser aquecido no forno e comer enquanto falamos bobagens. Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, Carla, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como ontem à noite você cuidou. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.
E nunca se fica livre porque nunca se fica bem. Um murro pra ter o que cuspir, o que costurar, o que esperar. Pra ver a ferida e não ser a ferida. Pra cuidar de uma ferida que pode se ver e esperar. Pra poder ficar quieta. É isso. Um murro na boca. Bem dado. Para eu ficar quieta. É isso. Eu sou um marido que não agüenta mais sua mulher. Eu não agüento mais a minha mulher. Cala a boca! Não é sexual, tapinha, coisa de gente que escuta samba e faz piada com pandeiro. Não é doença protegida por açúcar e língua. É raiz à seco. Não é pra exorcizar a merda e correr pro banho e correr pra festa e correr. É murro de cair no chão e enxergar cantos distorcidos de teto se fechando. É um murro bem dado, numa rua sem árvore com flores amarelas. Em algum lugar onde as pessoas falam sueco e escutam húngaro. Em algum lugar onde o azul defunto e o branco dia nada não seja efeito de cineasta perturbado. Um murro terrível, impossível de perdoar, impossível de ser amor, impossível de continuar. E então eu poderia dormir ao seu lado. Cansada, ensangüentada, sem nenhuma espera, acabada, sem amor, sem dente, sem sangue, sem ser gente, principalmente sem ser mulher. E então eu poderia só porque não correria mais o risco de levar um murro.
domingo, 25 de julho de 2010
"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive."
"Por medo das partidas, tem gente que não deixa ninguém chegar. São aeroportos fechados. No entanto, a gente só percebe o calor do abraço quando sente a dor de respirar o ar frio da solidão. Você brada aos céus toda sorte de impropérios, mas não percebe que vôo nenhum te encontra no radar.
Eu sou um aeroporto. Chegadas e partidas são a única certeza na minha vida."
Então, fica aqui o recado:
Aprenda a enxergar que você não é tão importante. Você faz parte de uma sociedade, não domina ela. Você convive com outros iguais. Você não é melhor do que ninguém. Aprenda a respeitar, e só assim você terá respeito. Esquecer o passado de “glórias” é saudável, até porque hoje, você pode ser ninguém.
Revise o conteúdo de sua “arte”. Nela você pode encontrar a resposta para seus próprios problemas.
Agora, se você acha que é Deus, eu só tenho a lamentar por sua vida ser tão pequena.
E não esqueça: Cagamos, mijamos e morremos. Somos todos iguais.
Existem sentimentos e sensações que eu deixo em casa. Deixo problemas para serem resolvidos amanhã, próxima semana, próximo ano, ou nunca. Com o tempo, aprendi que, assim como existem histórias que ficam restritas a um dia, um mês, uma cidade, existem também aquelas outras que teimam em se esconder nos nossos bolsos, quando a gente menos imagina.
sábado, 24 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
Sou dois. Me perdi, imagino tu pelas fotos. Como seria se tu estivésse aqui? Não sei. Pelas fotografias tu é a mais bela, pelas palavras tu me conquista, e pelo sorriso? Não sei. Outra pessoa se encontra em mim, uma pessoa confusa que não sabes onde passar. Todo que eu queria é estar ai, mas não posso neste momento é melhor aqui. Vou dormir e leva comigo tuas palavras e tuas fotos. Guardo tudo em memória.
sábado, 17 de julho de 2010
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